Fikções, opinadelas e cenas que tais: Moon

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Moon


Logo de rajada, a frio, não me refreio de dizer que aqui está um papel que deveria levar pelo menos uma nomeação para o Óscar de melhor actor e com grandes probabilidades de ganhar. Tá dito, mais que merecido. Sam Rockwell como Sam Bell trata o papel - ou papéis! - por tu, duplicando-o, e em paralelo dominando-os como se dois actores ou personalidades distintas se tratassem. Note-se o facto de ele ser o único actor "presente" de principio ao fim do filme. Sublime. Vou mais longe e diria que merecia não só uma nomeação para Óscar de melhor actor principal como também outra para secundário, sem dificuldade, o que seria engraçado e inédito, acho.

Mas não levou. Suponho que seja a imbecilidade sempre presente nos prémios máximos de Hollywood, há sempre meia dúzia de injustiças que não lembra a ninguém. Já desconfiava quando levou o mesmo tratamento nos globos de ouro, mas mantinha alguma esperança, às vezes faz-se luz. Não levou, enfim, fica a delicia da personagem para os anéis da história do cinema.

Nota positiva também para a voz de GERTY, o computador de apoio a Sam Bell, distintamente tratada pelo singular Kevin Spacey.



Moon é um bom filme realizado numa toada de ficção cientifica clássica, sem compromissos, mas bastante profundo e a tratar um assunto de natureza humana muito sério e actual, a certa altura claustrofóbico mas concluindo numa redenção interessante. Em minha opinião imperdível.


Realizador: Duncan Jones.
História: Duncan Jones.
Argumento: Nathan Parker.

9.

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