Fikções, opinadelas e cenas que tais: 2011

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Cowboys & Aliens


No contexto da identidade "blockbuster" e apesar de algumas notas e criticas desfavoráveis achei Cowboys & Aliens de John Favreau bastante decente e entertaining, não indo muito além disso mas mesmo assim entertaining. Contém dispersadas algumas incongruências e falta de solidez que são colmatadas de alguma maneira com uma sequência final bastante intensa, meia dúzia de performances assinaláveis e por um background FC criativo e genuíno q.b.. Merecia mais profundidade e solidez no esqueleto estrutural, havia matéria para tal, mas, mesmo assim, é agradável de se ver, sendo pontualmente apimentado com alguns mais que bem-vindos "gritty moments".



7.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Another Earth, um exercício intimista fabuloso.


Mais um Sundance winner alternativo de eleição. Não sendo para todo e qualquer espectador "Another Earth" é na realidade um filme marcante e forte, muito forte. Introspectivo, profundo e de intimismo vincado, contém alguns dos momentos psicológicamente mais constrangedores ou mesmo sufocantes que vi nos últimos tempos num filme. Excelente, e à sua maneira muito própria perfeito.


9.5

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

CGD. Um pilar de moral, um exemplo e um ombro amigo...

Enquanto o maralhal se vai entretendo com coisas tais como sentir orgulho pelos estupidamente milionários jogadores da bola da selecção nacional ou com programas de TV altamente sócio-educativos eis que vão acontecendo destes verdadeiros atentados à saúde mental de quem tenta ser honesto, vão acontecendo e vão passando como areia que foge entre os dedos, subrepticiamente, imparáveis e sistematicamente, incólumes à desgraça e ao respeito, ao simples respeito pela dignidade humana. E cada vez mais se vão encontrando pessoas que vão sobrevivendo como ratos, literalmente "coisas" na sarjeta. Se isto não é crime, puro, não sei que mais é. Com esta e com outras... sinto vergonha de ser português. DIVULGUEM!



...batendo as asas pela noite calada...  vêm em bandos, com pés de veludo...» Os Vampiros do Século XXI:

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) está a enviar aos seus clientes mais modestos uma circular que deveria fazer  corar de vergonha os administradores – principescamente pagos - daquela instituição bancária.
A carta da CGD começa, como mandam as boas regras de marketing, por reafirmar o empenho do Banco em oferecer aos seus clientes as melhores  ondições de preço qualidade em toda a gama de prestação de serviços, incluindo no que respeita a despesas de manutenção nas contas à ordem.

As palavras de circunstância não chegam sequer a suscitar qualquer tipo de ilusões, dado que após novo parágrafo sobre  acionalização e eficiência da gestão de contas, o estimado/a cliente é confrontado com a informação de que, para continuar a usufruir da isenção da comissão de despesas de manutenção, terá de ter em cada trimestre um saldo médio superior a EUR1000, ter crédito de vencimento ou ter aplicações financeiras associadas à respectiva conta.

Ora sucede que muitas contas da CGD,designadamente de pensionistas e reformados, são abertas por imposição legal.

É o caso de um reformado por invalidez e quase septuagenário, que sobrevive com uma pensão de EUR243,45 - que para ter direito ao piedoso subsídio diário de EUR 7,57 (sete euros e cinquenta e sete cêntimos!) foi forçado a abrir conta na CGD por determinação expressa da Segurança Social para receber a reforma.

Como se compreende, casos como este - e muitos  são os portugueses que vivem abaixo ou no limiar da pobreza - não podem, de todo, preencher os requisitos impostos pela CGD e tão pouco dar-se ao luxo de pagar despesas de manutenção de uma conta que foram constrangidos a abrir para acolher a sua miséria.

O mais escandaloso é que seja justamente uma  instituição bancária que ano após ano apresenta lucros fabulosos e que aposenta os seus administradores, mesmo quando efémeros, com «obscenas» pensões (para citar Bagão Félix), a vir exigir a quem mal consegue sobreviver que contribua para engordar os seus lautos proventos.

É sem dúvida uma situação ridícula e vergonhosa, como lhe chama o nosso leitor, mas as palavras sabem a pouco quando se trata de denunciar tamanha indignidade.
Esta é a face brutal do capitalismo selvagem que nos servem sob a capa da democracia, em que até a esmola paga taxa. 

Sem respeito pela dignidade humana e sem qualquer resquício de decência, com o único objectivo de acumular mais e mais lucros, eis os administradores de sucesso.
Medita e divulga... Mas divulga mesmo por favor... Cidadania é fazê-lo, é demonstrar esta pouca vergonha que nos atira para a miserabilidade social. 

Este tipo de comentário não aparece nos jornais, tv's e rádios... Porque será???


Eu já fiz a minha parte. Faz a tua.




quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Miguel Esteves Cardoso: "Os Lambe-cus"







Os lambe-cus


"Noto com desagrado que se tem desenvolvido muito em Portugal uma modalidade desportiva que julgara ter caído em desuso depois da revolução de Abril. Situa-se na área da ginástica corporal e envolve complexos exercícios contorcionistas em que cada jogador procura, por todos os meios ao seu alcance, correr e prostrar-se de forma a lamber o cu de um jogador mais poderoso do que ele.


Este cu pode ser o cu de um superior hierárquico, de um ministro, de um agente da polícia ou de um artista. O objectivo do jogo é identificá-los, lambê-los e recolher os respectivos prémios. Os prémios podem ser em dinheiro, em promoção profissional ou em permuta. À medida que vai lambendo os cus, vai ascendendo ou descendendo na hierarquia.


Antes do 25 de Abril esta modalidade era mais rudimentar. Era praticada por amadores, muitos em idade escolar, e conhecida prosaicamente como «engraxanço».


Os chefes de repartição engraxavam os chefes de serviço, os alunos engraxavam os professores, os jornalistas engraxavam os ministros, as donas de casa engraxavam os médicos da caixa, etc. ..


Mesmo assim, eram raros os portugueses com feitio para passar graxa. Havia poucos engraxadores. Diga-se porém, em abono da verdade, que os poucos que havia engraxavam imenso. Nesse tempo, «engraxar» era uma actividade socialmente menosprezada.


O menino que engraxasse a professora tinha de enfrentar depois o escárnio da turma. O colunista que tecesse um grande elogio ao Presidente do Conselho era ostracizado pelos colegas. Ninguém gostava de um engraxador.


Hoje tudo isso mudou. O engraxanço evoluiu ao ponto de tornar-se irreconhecível. Foi-se subindo na escala de subserviência, dos sapatos até ao cu.


O engraxador foi promovido a lambe-botas e o lambe-botas a lambe-cu.
Não é preciso realçar a diferença, em termos de subordinação hierárquica e flexibilidade de movimentos, entre engraxar uns sapatos e lamber um cu.


Para fazer face à crescente popularidade do desporto, importaram-se dos Estados Unidos, campeão do mundo na modalidade, as regras e os estatutos da American Federation of Ass-licking and Brown-nosing. Os praticantes portugueses puderam assim esquecer os tempos amadores do engraxanço e aperfeiçoarem-se no desenvolvimento profissional do Culambismo.


(...) Tudo isto teria graça se os culambistas portugueses fossem tão mal tratados e sucedidos como os engraxadores de outrora. O pior é que a nossa sociedade não só aceita o culambismo como forma prática de subir na vida, como começa a exigi-lo como habilitação profissional.


O culambismo compensa. Sobreviver sem um mínimo de conhecimentos de culambismo é hoje tão difícil como vencer na vida sem saber falar inglês."


Miguel Esteves Cardoso, in "Último Volume"

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Guerra epistolar numa Europa povoada de fantasmas

Claro que há coisas que se podem sempre debater, discutir e contestar, mas há outras que são tão verdadeiras como a verdade o pode ser. Este grito do Daniel Oliveira é acima de tudo um abre olhos. Abramos então, está na hora.



por Daniel Oliveira in Expresso (www.expresso.pt)
8:00 Quarta feira, 9 de novembro de 2011


Estas cartas já são de 2010, mas só agora chegaram à blogosfera nacional e continuam, claro, atuais.
Um alemão resolveu escrever uma carta aberta aos gregos. Não a um grego em particular, não ao atual ou ao anterior primeiro-ministro grego. Mas a todos os gregos. Num momento em que o povo grego já vivia o desemprego e a tragédia social, Walter Wuelleenweber decidiu, sem fugir a nenhum dos preconceitos e ideias feitas sobre a realidade social da Grécia, dar-lhes um puxão de orelhas na revista "Stern":
"Caros gregos,
Desde 1981 pertencemos à mesma família. Nós, os alemães, contribuímos como ninguém mais para um Fundo comum, com mais de 200 mil milhões de euros, enquanto a Grécia recebeu cerca de 100 mil milhões dessa verba, ou seja a maior parcela per capita de qualquer outro povo da U.E.
Nunca nenhum povo até agora ajudou tanto outro povo e durante tanto tempo.
Vocês são, sinceramente, os amigos mais caros que nós temos. O caso é que não só se enganam a vocês mesmos, como nos enganam a nós.
No essencial, vocês nunca mostraram ser merecedores do nosso Euro. Desde a sua incorporação como moeda da Grécia, nunca conseguiram, até agora, cumprir os critérios de estabilidade. Dentro da U.E., são o povo que mais gasta em bens de consumo.
Vocês descobriram a democracia, por isso devem saber que se governa através da vontade do povo, que é, no fundo, quem tem a responsabilidade. Não digam, por isso, que só os políticos têm a responsabilidade do desastre. Ninguém vos obrigou a durante anos fugir aos impostos, a opor-se a qualquer política coerente para reduzir os gastos públicos e ninguém vos obrigou a eleger os governantes que têm tido e têm.
Os gregos são quem nos mostrou o caminho da Democracia, da Filosofia e dos primeiros conhecimentos da Economia Nacional.
Mas, agora, mostram-nos um caminho errado. E chegaram onde chegaram, não vão mais adiante!!!
Walter Wuelleenweber"
Uma semana depois, Georgios Psomás, funcionário público grego, respondeu, na mesma revista. Não aos alemães, que, tal como os gregos, são diferentes uns dos outros, mas a Walter Wuelleenweber:
"Caro Walter,
Chamo-me Georgios Psomás. Sou funcionário público e não "empregado público" como, depreciativamente, como insulto, se referem a nós os meus compatriotas e os teus compatriotas.
O meu salário é de 1.000 euros. Por mês, hem!... não vás pensar que por dia, como te querem fazer crer no teu País. Repara que ganho um número que nem sequer é inferior em 1.000 euros ao teu, que é de vários milhares.
Desde 1981, tens razão, estamos na mesma família. Só que nós vos concedemos, em exclusividade, um montão de privilégios, como serem os principais fornecedores do povo grego de tecnologia, armas, infraestruturas (duas autoestradas e dois aeroportos internacionais), telecomunicações, produtos de consumo, automóveis, etc.. Se me esqueço de alguma coisa, desculpa. Chamo-te a atenção para o facto de sermos, dentro da U.E., os maiores importadores de produtos de consumo que são fabricados nas fábricas alemãs.
A verdade é que não responsabilizamos apenas os nossos políticos pelo desastre da Grécia. Para ele contribuíram muito algumas grandes empresas alemãs, as que pagaram enormes "comissões" aos nossos políticos para terem contratos, para nos venderem de tudo, e uns quantos submarinos fora de uso, que postos no mar, continuam tombados de costas para o ar.
Sei que ainda não dás crédito ao que te escrevo. Tem paciência, espera, lê toda a carta, e se não conseguir convencer-te, autorizo-te a que me expulses da Eurozona, esse lugar de verdade, de prosperidade, da justiça e do correto.
Estimado Walter,
Passou mais de meio século desde que a 2ª Guerra Mundial terminou. Quer dizer mais de 50 anos desde a época em que a Alemanha deveria ter saldado as suas obrigações para com a Grécia.
Estas dívidas, que só a Alemanha até agora resiste a saldar com a Grécia (Bulgária e Roménia cumpriram, ao pagar as indemnizações estipuladas), e que consistem em:
1. Uma dívida de 80 milhões de marcos alemães por indemnizações, que ficou por pagar da 1ª Guerra Mundial;
2. Dívidas por diferenças de clearing, no período entre-guerras, que ascendem hoje a 593.873.000 dólares EUA.
3. Os empréstimos em obrigações que contraíu o III Reich em nome da Grécia, na ocupação alemã, que ascendem a 3,5 mil milhões de dólares durante todo o período de ocupação.
4. As reparações que deve a Alemanha à Grécia, pelas confiscações, perseguições, execuções e destruições de povoados inteiros, estradas, pontes, linhas férreas, portos, produto do III Reich, e que, segundo o determinado pelos tribunais aliados, ascende a 7,1 mil milhões de dólares, dos quais a Grécia não viu sequer uma nota.
5. As imensuráveis reparações da Alemanha pela morte de 1.125.960 gregos (38,960 executados, 12 mil mortos como dano colateral, 70 mil mortos em combate, 105 mil mortos em campos de concentração na Alemanha, 600 mil mortos de fome, etc., et.).
6. A tremenda e imensurável ofensa moral provocada ao povo grego e aos ideais humanísticos da cultura grega.
Amigo Walter, sei que não te deve agradar nada o que escrevo. Lamento-o.
Mas mais me magoa o que a Alemanha quer fazer comigo e com os meus compatriotas.
Amigo Walter: na Grécia laboram 130 empresas alemãs, entre as quais se incluem todos os colossos da indústria do teu País, as que têm lucros anuais de 6,5 mil milhões de euros. Muito em breve, se as coisas continuarem assim, não poderei comprar mais produtos alemães porque cada vez tenho menos dinheiro. Eu e os meus compatriotas crescemos sempre com privações, vamos aguentar, não tenhas problema. Podemos viver sem BMW, sem Mercedes, sem Opel, sem Skoda. Deixaremos de comprar produtos do Lidl, do Praktiker, da IKEA.
Mas vocês, Walter, como se vão arranjar com os desempregados que esta situação criará, que por ai os vai obrigar a baixar o seu nível de vida, Perder os seus carros de luxo, as suas férias no estrangeiro, as suas excursões sexuais à Tailândia? Vocês (alemães, suecos, holandeses, e restantes "compatriotas" da Eurozona) pretendem que saíamos da Europa, da Eurozona e não sei mais de onde.
Creio firmemente que devemos fazê-lo, para nos salvarmos de uma União que é um bando de especuladores financeiros, uma equipa em que jogamos se consumirmos os produtos que vocês oferecem: empréstimos, bens industriais, bens de consumo, obras faraónicas, etc.
E, finalmente, Walter, devemos "acertar" um outro ponto importante, já que vocês também disso são devedores da Grécia:
Exigimos que nos devolvam a civilização que nor roubaram!!!
Queremos de volta à Grécia as imortais obras dos nossos antepassados, que estão guardadas nos museus de Berlim, de Munique, de Paris, de Roma e de Londres.
E exijo que seja agora!! Já que posso morrer de fome, quero morrer ao lado das obras dos meus antepassados.
Cordialmente,
Georgios Psomás"
Mais do que tentar explicar como há, apesar de todos os mitos que de repente se espalharam sobre a Grécia (não se percebe como, com tantos privilégios, os europeus não emigraram todos para aquele El Dourado), um abismo entre a qualidade de vida de um alemão e do grego, é interessante, nesta resposta, a explicação simples do funcionamento do mercado europeu: a Alemanha (primeiro país a violar, sem qualquer consequência, as regras da zona euro) teima em não perceber de onde vem o seu enriquecimento.
Mas grande parte da carta dedica-se a assuntos pendentes por resolver. Lembra que a Europa é feita de dívidas por pagar, ressentimentos, guerras, genocídios, crimes, impérios e civilizações desfeitas, pilhagens. Que os cinquenta anos de paz se conquistaram com mais do que perdão. Com a memória bem viva e lições aprendidas. Com o Estado Social, medo do caos e sentido de solidariedade (a que ajudou a Alemanha a reconstruir-se e a reunificar-se). E que os caminhos para os quais o diretório europeu nos leva estão cheios de armadilhas muito perigosas. A Europa não começou no dia em que Angela Merkel acordou para a política. Este continente é uma casa assombrada, cheia de fantasmas à espera do seu momento para despertar.
A tradução a partir do espanhol destas cartas foi de Sérgio Ribeiro (http://anonimosecxxi.blogspot.com/2011/11/quem-deve-o-que-quem.html?spref=fb )

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

7 Billion: the How To.



1978, Stephen King - Let's talk about fear

1978, A few words, a few thoughts, in the original foreword of Nightshift.

Let’s talk, you and I. Let’s talk about fear. The house is empty as I write this; a cold February rain is falling outside. It’s night. Sometimes when the wind blows the way it’s blowing now, we lose the power. But for now it’s on, and so let’s talk very honestly about fear. Let’s talk very rationally about moving to the rim of madness…and perhaps over the edge.
... We won't raise our voices and we won't scream; we'll talk rationally, you and I. We'll talk about the way the good fabric of things sometimes has a way of unraveling with shocking suddenness.
At night, when I go to bed, I still am at pains to be sure that my legs are under the blankets after the lights go out. I'm not a child anymore but... I don't like to sleep with one leg sticking out. Because if a cool hand ever reached out from under the bed and grasped my ankle, I might scream. Yes, I might scream to wake the dead. That sort of thing doesn't happen, of course, and we all know that. In the stories that follow you will encounter all manner of night creatures; vampires, demon lovers, a thing that lives in the closet, all sorts of other terrors. None of them are real. The thing under my bed waiting to grab my ankle isn't real. I know that, and I also know that if I'm careful to keep my foot under the covers, it will never be able to grab my ankle.
Fear is the emotion that makes us blind. How many things are we afraid of? We’re afraid to turn off the lights when our hands are wet. We’re afraid to stick a knife into the toaster to get the stuck English muffin without unplugging it first. We’re afraid of what the doctor may tell us when the physical exam is over; when the airplane suddenly takes a great unearthly lurch in midair. We’re afraid that the oil may run out, that the good air will run out, the good water, the good life. When the daughter promised to be in by eleven and it’s now quarter past twelve and sleet is spatting against the window like dry sand, we sit and pretend to watchJohnny Carson and look occasionally at the mute telephone and we feel the emotion that makes us blind, the emotion that makes a stealthy ruin of the thinking process.
The infant is a fearless creature only until the first time the mother isn't there to pop the nipple into his mount when he cries, The Toddler quickly discovers the blunt and painful truths of the slamming door, the hot burner, the fever that goes with the croup or the measles. Children learn fear quickly; they pick it up off the mother or father's face when the parent comes into the bathroom and sees them with the bottle of pills or safety razor.
Fear makes us blind, and we touch each fear with all the avid curiosity of self-interest, trying to make a whole out of a hundred parts. We sense the shape. Children grasp it easily, forget, and relearn it as adults. The shape is there, and most of us come to realize what it is sooner or later: it is the shape of a body under a sheet. All out fears add to one great fear, all our fears are part of that great fear-an arm, a leg, a finger, an ear. We're afraid of the body under the sheet. It's our body. And the great appeal of horror fiction through the ages is that it serves a a rehearsal for our own deaths.
No waking or dreaming in this terminal, but only the voice of the writer, low and rational, talking about the way the good fabric of things sometimes has a way of unraveling with shocking suddenness. He’s telling you that you do want to see the car accident, and yes, he’s right—you do. There’s a dead voice on the phone…something behind the walls of the old house that sounds bigger than a rat…movement at the foot of the cellar stairs. He wants you to see all of those things, and more.
These are some things I feel that the horror story does, but I am firmly convinced that it must tell a tale that holds the reader or the listener spellbound for a little while, lost in a world that never was, never could be. It must be like the wedding guest that stoppeth one of three. All my life as a writer I have been committed to the idea that in fiction the story value holds dominance over every other facet of the writer's craft; characterization, theme, mood, none of those things is anything if the story is dull. And if the story does hold you, all else can be forgiven. 
Where I am, it's still dark and raining. We've got a fine night for it. There's something I want to show you, something I want you to touch. It's in a room not tfar from here-in fact, it's almost as close as the next page.
Shall we go?

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

A chulisse Lusitana em todo o seu esplendor


Os rendimentos dos CHULOS antes e depois de exercerem cargos políticos.

Estamos ao nível das ditaduras dos piores países do 3.º mundo.
E porque não começar a queimar as casas e outros bens pessoais desta “gente”?!?!?!
Num País a sério já tinha acontecido, mesmo sem sinais de crise… meus amigos, se isto não é roubo à mão armada não sei que mais é. E nós, serenos, emagrecemos, definhamos. Pagando com sangue, suor e lágrimas continuamente estas vidas de luxo.


Fonte: Jornal “O Expresso”

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Drive


Raios! Nuts! Fabulosamente bom. Pronto, sem espinhas e sem reservas, está dito. Na minha humilde opinião é facilmente e sem qualquer esforço o filme do ano. Simplesmente imperdível. Cru, real, uma força terrível, pontualmente brutal, por vezes acompanhado com vários socos directos ao estômago. Imprevisível e genuíno. Banda sonora excelente. Ryan Goslin com pouco mais que meia dúzia de palavras desempenha um papel do outro mundo, que grande, enorme, GIGANTESCO FILME! Nasceu um clássico, uma obra prima.


10.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Lá se ia a Internet...


Tráfego gerado pela atualização do iOS 5 e do iCloud quase tirou a internet do ar


O iOS 5 foi lançado na última quarta-feira (12) cercado de expectativas. Mas ninguém esperava que a ânsia pela atualização de iPhones, iPads e iTouchs, por parte dos usuários, fosse tão ávida: o sucesso do novo sistema operacional para os dispositivos móveis da Applefoi tanto que o tráfego na página da empresa de Cupertino quase “quebrou a internet”.

iOS 5 (Foto: Divulgação)iOS 5 (Foto: Divulgação)

Durante toda a noite de quarta-feira engenheiros da companhia de internet AAISP, em Londres, publicaram em sua página de incidentes e status mensagens que mostram como o “boom” causado pelo lançamento do iOS 5 foi grande. Segundo eles, que admitiram que foram pegos de surpresa, nunca houve tanto tráfego como este em um “evento da internet”.

- Isso é pior do que o tráfego na Copa do Mundo. A única pista é que é de algo novo do iOS 5. Se essa realmente for a causa, estou impressionado. A utilização da internet simplesmente alcançou níveis sem precedentes. Nunca vimos nada como isso – escreveram.

O 'boom' de tráfego gerado pela atualização do iOS e o iCloud (Foto: LONAP)O 'boom' de tráfego gerado pela atualização do iOS e o iCloud (Foto: LONAP)

Ao que tudo indica, a demanda foi enorme não só no Reino Unido como em diversos locais em todo o mundo. Na manhã desta quinta-feira, engenheiros da AAISP confirmaram que o tráfego de dados na internet em Londres subiu de um pico natural de 18 GB por segundo para 28 GB por segundo.

Problemas para alguns usuários

A própria Apple teve problemas de instabilidade em seus servidores pouco depois do lançamento. Muitos proprietários de 'iGadgets' reclamaram em redes sociais e nos próprios fóruns da Apple sobre diversos incidentes - não só enquanto tentavam fazer o download do iOS 5, como também após sua instalação.

Uma mensagem de erro do iTunes e o congelamento e/ou não funcionamento de alguns aplicativos estavam entre os assuntos mais comentados. A Apple, que lançou também o iCloud, novo processo de conexão e sincronização de dados com os smartphones, não comentou as reclamações dos clientes até o momento.

RIP Dennis Ritchie, respect.

Outro monstro e pai da era digital faleceu este fim de semana. Melhor conhecido por ter criado a linguagem de programação C foi um dos verdadeiros impulsionadores do mundo computacional.


Jobs ajudou a mudar, viver e optimizar o mundo digital como o conhecemos, Dennis pode-se dizer que o ajudou a criar.

RIP
Asked why he toiled so hard to create C and Unix, Ritchie reportedly replied that it "looked like a good thing to do."



ref.:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dennis_Ritchie
http://en.wikipedia.org/wiki/Dennis_Ritchie
http://br-linux.org/2011/dennis-ritchie-1941-2011/
http://www.computerworlduk.com/news/operating-systems/3310655/unix-and-c-creator-dennis-ritchie-dies/

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Irena Sendler: a mulher que todos deveriam conhecer

Que vida!


Resumo tirado da Wikipedia PT:
Irena Sendler [em polonês] Irena Sendlerowa apelido de solteira Krzyżanowska; (15 de fevereiro de 1910 - 12 de maio de 2008), também conhecida como "anjo do Gueto de Varsóvia," foi uma ativista dos direitos humanos durante a Segunda Guerra Mundial, tendo contribuido para salvar mais de 2.500 vidas ao levar alimentos, roupas e medicamentos às pessoas barricadas no gueto, com risco da própria vida.


Referências:
http://www.irenasendler.org/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Irena_Sendler
http://en.wikipedia.org/wiki/Irena_Sendler

A verdadeira Supermulher!

Tropeções linguísticos


Quando eu escrevo a palavra acção, por magia ou pirraça, o computador retira automaticamente o C na pretensão de me ensinar a nova grafia.

De forma que, aos poucos, sem precisar de ajuda, eu próprio vou tirando as consoantes que, ao que parece, estavam a mais na língua portuguesa.

Custa-me despedir-me daquelas letras que tanto fizeram por mim.

São muitos anos de convívio.

Lembro-me da forma discreta e silenciosa como todos estes CCC's e PPP's me acompanharam em tantos textos e livros desde a infância.

Na primária, por vezes gritavam ofendidos na caneta vermelha da professora: - não te esqueças de mim!

Com o tempo, fui-me habituando à sua existência muda, como quem diz, sei que não falas, mas ainda bem que estás aí.

E agora as palavras já nem parecem as mesmas.

O que é ser proativo?

Custa-me admitir que, de um dia para o outro, passei a trabalhar numa redação, que há espetadores nos espetáculos e alguns também nos frangos, que os atores atuam e que, ao segundo ato, eu ato os meus sapatos.

Depois há os intrusos, sobretudo o R, que tornou algumas palavras arrevesadas e arranhadas, como neorrealismo ou autorretrato.

Caíram hifenes e entraram RRR's que andavam errantes.

É uma união de facto, e para não errar tenho a obrigação de os acolher como se fossem família. Em 'há de' há um divórcio, não vale a pena criar uma linha entre eles, porque já não se entendem.

Em veem e leem, por uma questão de fraternidade, os EEE's passaram a ser gémeos, nenhum usa ( ^^^) chapéu.

E os meses perderam importância e dignidade; não havia motivo para terem privilégios. Assim, temos janeiro, fevereiro, março, são tão importantes como peixe, flor, avião.

Não sei se estou a ser suscetível, mas sem P, algumas palavras são uma autêntica deceção, mas por outro lado é ótimo que já não tenham.

As palavras transformam-nos.

Como um menino que muda de escola, sei que vou ter saudades, mas é tempo de crescer e encontrar novos amigos.

Sei que tudo vai correr bem, espero que a ausência do C não me faça perder a direção, nem me fracione, e nem quero tropeçar em algum objeto.

Porque, verdade seja dita, hoje em dia, não se pode ser atual nem atuante com um C a atrapalhar.

Só não percebo porque é que temos que ser NÓS a alterar a escrita, se a LÍNGUA É NOSSA ...? ! ? ! ?

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Apple Keynote de Outubro 2011, apresentação do novo Iphone 4S


Bem, o 5 fica para a próxima. O 4s ficará disponivel para venda in store dia 14.

Resumindo (com o IOS5 são mais de 200 actualizações):

- fisicamente igual ao 4;
- processador A5 dual core - 2x mais rápido que o A4;
- gráficos até 7x mais rápidos;
- camera 8mp com novas ópticas, nova tecnologia de processamento de imagem e estabilização;
- 1080p video;
- iOS5 (dia 12 disponível para todos os dispositivos iOS);
- iCloud (dia 12 disponível para todos os dispositivos iOS);
- integração com o novo Siri - o avançado assistente de voz, talvez o que mais me impressionou, vejam o video que vale a pena, é evolução móvel pura e dura. A palavra correcta é mesmo "integração", e não um mero exercício engraçado com comandos de voz http://www.apple.com/iphone/features/siri.html

Apesar de tudo, das miríades de novidades e oficializações das actualizações já avançadas no anterior keynote, pareceu-me um pouco curto face ao hype empolado à volta do evento e expectativas com o suposto iPhone5, no entanto deixou-me a sensação que houve uma certa atitude de sensibilização, de tacto, em relação à situação de Jobs, e isso esteve patente desde o inicio comparando o evento com os mega keynotes WWDC, por exemplo. Houve sensação de reboot. Tim Cook esteve bem.



sexta-feira, 23 de setembro de 2011

MEMÓRIA CURTA? Quem pagou os estragos de Hitler?


Convém de quando em vez relembrar a História....
Alemanha "rainha das dívidas"
publicado 14:37 21 Junho 2011

A chanceler alemã, Angela Merkel Michael Kappeler, Epa
O historiador Albrecht Ritschl evoca hoje em entrevista ao site de Der Spiegel vários momentos na História do século XX em que a Alemanha equilibrou as suas contas à custa de generosas injecções de capital norte-americano ou do cancelamento de dívidas astronómicas, suportadas por grandes e pequenos países credores.
Ritschl começa por lembrar que a República de Weimar viveu entre 1924 e 1929 a pagar com empréstimos norte-americanos as reparações de guerra a que ficara condenada pelo Tratado de Versalhes, após a derrota sofrida na Primeira Grande Guerra. Como a crise de 1931, decorrente do crash bolsista de 1929, impediu o pagamento desses empréstimos, foram os EUA a arcar com os custos das reparações.

A Guerra Fria cancela a dívida alemã
Depois da Segunda Guerra Mundial, os EUA anteciparam-se e impediram que fossem exigidas à Alemanha reparações de guerra tão avultadas como o foram em Versalhes. Quase tudo ficou adiado até ao dia de uma eventual reunificação alemã. E, lembra Ritschl, isso significou que os trabalhadores escravizados pelo nazismo não foram compensados e que a maioria dos países europeus se viu obrigada a renunciar às indemnizações que lhe correspondiam devido à ocupação alemã.

No caso da Grécia, essa renúncia foi imposta por uma sangrenta guerra civil, ganha pelas forças pró-ocidentais já no contexto da Guerra Fria. Por muito que a Alemanha de Konrad Adenauer e Ludwig Ehrard tivesse recusado pagar indemnizações à Grécia, teria sempre à perna a reivindicação desse pagamento se não fosse por a esquerda grega ficar silenciada na sequência da guerra civil.

À pergunta do entrevistador, pressupondo a importância da primeira ajuda à Grécia, no valor de 110 mil milhões de euros, e da segunda, em valor semelhante, contrapõe Ritschl a perspectiva histórica: essas somas são peanuts ao lado do incumprimento alemão dos anos 30, apenas comparável aos custos que teve para os EUA a crise do subprime em 2008. A gravidade da crise grega, acrescenta o especialista em História económica, não reside tanto no volume da ajuda requerida pelo pequeno país, como no risco de contágio a outros países europeus.

Tiram-nos tudo - "até a camisa"
Ritschl lembra também que em 1953 os próprios EUA cancelaram uma parte substancial da dívida alemã - um haircut, segundo a moderna expressão, que reduziu a abundante cabeleira "afro" da potência devedora a uma reluzente careca. E o resultado paradoxal foi exonerar a Alemanha dos custos da guerra que tinha causado, e deixá-los aos países vítimas da ocupação.

E, finalmente, também em 1990 a Alemanha passou um calote aos seus credores, quando o chanceler Helmut Kohl decidiu ignorar o tal acordo que remetia para o dia da reunificação alemã os pagamentos devidos pela guerra. É que isso era fácil de prometer enquanto a reunificação parecia música de um futuro distante, mas difícil de cumprir quando chegasse o dia. E tinha chegado.

Ritschl conclui aconselhando os bancos alemães credores da Grécia a moderarem a sua sofreguidão cobradora, não só porque a Alemanha vive de exportações e uma crise contagiosa a arrastaria igualmente para a ruína, mas também porque o calote da Segunda Guerra Mundial, afirma, vive na memória colectiva do povo grego. Uma atitude de cobrança implacável das dívidas actuais não deixaria, segundo o historiador, de reanimar em retaliação as velhas reivindicações congeladas, da Grécia e doutros países e, nesse caso, "despojar-nos-ão de tudo, até da camisa".
Os Pobres ( I )
" ... ó geração de vapor e de pó de pedra, macadamizai estradas, fazei caminhos de ferro, construí passarolas de Ícaro, para andar a qual mais depressa, essas horas contadas de uma vida toda material, massuda e grossa como tendes feito esta que Deus nos deu tão diferente daquela que hoje vivemos. Andai, ganha-pães, andai : reduzi tudo a cifras, todas as considerações deste mundo a equações de interesse corporal, comprai, vendei, agiotai - No fim de tudo isto, o que lucrou a espécie humana ? Que há mais umas poucas dúzias de homens ricos. E eu pergunto aos economistas políticos, aos moralistas, se já calcularam o número de indivíduos que é forçoso condenar à miséria, ao trabalho desproporcionado, à desmoralização, à infâmia, à ignorância crapulosa, à desgraça invencível, à penúria absoluta, para produzir um rico ? [ ... ] cada homem rico, abastado, custa centos de infelizes, de miseráveis. "
Almeida Garrett, in " Viagens na Minha Terra ", ( 1843 )

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Alterações ao código da estrada, muito cuidado.


ENTROU EM VIGOR EM JULHO DE 2011

Desta vez vai doer mesmo
MUITO IMPORTANTE
As alterações ao código da estrada abaixo identificadas entraram em vigor. Por isso, a partir deste fim-de-semana, há que parar em todos os STOP, nada de andar de trotinete em cima dos passeios, e retirar a placa de 'procuro novo dono' do automóvel. Atenção ao pagamento imediato das coimas (bem como das atrasadas).
VELOCIDADE

  • Sempre que exista grande intensidade de trânsito, o condutor deve circular com velocidade especialmente moderada. Caso não o faça cometerá uma contra-ordenação grave. ( Art.ºs 25.º e 145.º )
  • A velocidade mínima nas auto-estradas passa de 40 para 50 km/h . (Art.º 27.º )
  • A sanção pelo excesso de velocidade é agravada e distinta quando ocorra dentro ou fora da localidade.
  • Assim:
Automóveis ligeiros, motociclos





Excesso de velocidade
Coima
Contra-Ordenação




Dentro
das
Localidades
Até 20 km/h 60 a 300 euros Leve
20 a 40 km/h 120 a 600 euros Grave
40 a 60 km/h 300 a 1.500 euros Muito Grave
Mais de 60 km/h 500 a 2.500 euros Muito Grave




Fora
das
Localidades
Até 30 km/h 60 a 300 euros Leve
30 a 60 km/h 120 a 600 euros Grave
60 a 80 km/h 300 a 1.500 euros Muito Grave
Mais de 80 km/h 500 a 2.500 euros Muito Grave



Automóveis pesados





Excesso de velocidade
Coima
Contra-Ordenação




Dentro
das

Localidades
Até 10 km/h 60 a 300 euros Leve
10 a 20 km/h 120 a 600 euros Grave
20 a 40 km/h 300 a 1.500 euros Muito Grave
Mais de 40 km/h 500 a 2.500 euros Muito Grave




Fora
das
Localidades
Até 20 km/h 60 a 300 euros Leve
20 a 40 km/h 120 a 600 euros Grave
40 a 60 km/h 300 a 1.500 euros Muito Grave
Mais de 60 km/h 500 a 2.500 euros Muito Grave



PLACAS COLOCADAS NO EIXO DA FAIXA DE RODAGEM
  • Para efeitos de mudança de direcção deixa de existir o conceito de placa de forma triangular. Assim, qualquer placa situada no eixo da faixa de rodagem deve ser contornada pela direita. Contudo, se estas se encontrarem numa via de sentido único, ou na parte da faixa de rodagem afecta a um só sentido, podem ser contornadas pela esquerda ou pela direita, conforme for mais conveniente. ( Art.º 16.º )


ROTUNDAS

  • Nas rotundas, situadas dentro ou fora das localidades, o condutor deve escolher a via de trânsito mais conveniente ao seu destino. ( Art.º 14.º )
  • Os condutores de veículos a motor que pretendam entrar numa rotunda passam a ter de ceder a passagem aos condutores de velocípedes, de veículos de tracção animal e de animais que nela circulem. ( Art.ºs 31.º e 32.º )
  • Os condutores que circulam nas rotundas deixam de estar obrigados a ceder passagem aos eléctricos que nelas pretendam entrar. ( Art.º 32.º )
  • Passa a ser proibido parar ou estacionar menos de 5 metros , para um e outro lado, das rotundas e no interior das mesmas. ( Art.º 49.º )


ULTRAPASSAGEM

  • A ultrapassagem de veículo pelo lado direito passa a ser sancionada com coima de 250 a 1.250 euros. ( Art.º 36.º )
PARAGEM E ESTACIONAMENTO

  • Passa a ser proibido parar e estacionar a menos de 25 metros antes e 5 metros depois dos sinais de paragem dos veículos de transporte colectivo de passageiros - autocarros. ( Art.º 49.º )
  • Passa a ser proibido parar e estacionar a menos de 6 metros antes dos sinais de paragem dos veículos de transporte colectivo de passageiros que circulem sobre carris - eléctricos. ( Art.º 49.º )
  • O estacionamento de veículos ostentando qualquer informação com vista à sua transacção (ex: vende-se, procuro novo dono, n.º de telemóvel, entre outros), é proibido e considerado abusivo, pelo que este será rebocado. ( Art.ºs 50.º e 163.º )
  • A paragem e o estacionamento nas passagens assinaladas para a travessia de peões (passadeiras) passa a ser considerado contra-ordenação grave. ( Art.º 145.º)

TRANSPORTE DE CRIANÇAS

  • As crianças com menos de 12 anos de idade e menos de 150 cm de altura devem ser transportadas sempre no banco de trás e são obrigadas a utilizar sistemas de retenção adequados ao seu tamanho e peso - cadeirinhas. ( Art.º 55.º )
  • É permitido o transporte de crianças com menos de 3 anos no banco da frente desde que se utilize sistema de retenção virado para a retaguarda e o airbag do lado do passageiro se encontre desactivado. ( Art.º 55.º )
  • Nos automóveis que não estejam equipados com cintos de segurança é proibido o transporte de crianças com menos de 3 anos. ( Art.º 55.º )
  • A infracção a qualquer das disposições referidas nos pontos anteriores é sancionada com coima de 120 a 600 euros por cada criança transportada indevidamente. ( Art.º 55.º )
  • O transporte de menores ou ininputáveis sem cinto de segurança passa a ser considerado contra-ordenação grave. ( Art.º 145.º )
ARREMESSO DE OBJECTOS PARA O EXTERIOR DO VEÍCULO
  • O arremesso de qualquer objecto para o exterior do veículo passa a ser sancionado com coima de 60 a 300 euros. ( Art.º 79.º ) - Atenção às beatas, charutos e outros cigarros que devem ser apagados nos respectivos cinzeiros dos carros


TROTINETAS COM MOTOR


  • Os condutores de trotinetas com motor, um brinquedo que hoje se adquire em qualquer supermercado, têm de usar capacete devidamente ajustado e apertado. ( Art.º 82.º )
  • O trânsito destes veículos não é equiparado ao trânsito de peões, pelo que não podem circular nos passeios. ( Art.º 104.º )
  • Para as restantes disposições do Código da Estrada, estes veículos são equiparados a velocípedes. (Art.º 112.º )
USO DE TELEMÓVEL DURANTE A CONDUÇÃO
  • A utilização de telemóvel durante a condução, só é permitida se for utilizado auricular ou sistema alta voz que não implique manuseamento continuado. A infracção a esta disposição é sancionada com coima de 120 a 600 euros e passa a ser considerada contra-ordenação grave. ( Art.ºs 84.º e 145.º )


TRIÂNGULO DE PRÉ-SINALIZAÇÃO E COLETE RETRORREFLECTOR

  • Passa a ser obrigatório colocar o triângulo de pré-sinalização de perigo (a pelo menos 30 metros do veículo, de forma a ser visível a, pelo menos, 100 metros ) sempre que o veículo fique imobilizado na faixa de rodagem ou na berma ou nestas tenha deixado cair carga. ( Art.º 88.º )
  • Todos os veículos a motor (excepto os de 2 ou 3 rodas, os motocultivadores e os quadriciclos sem caixa) têm de estar equipados com um colecte retrorreflector, de modelo aprovado. ( Art.º 88.º )
  • Nas situações em que é obrigatório o uso do sinal de pré-sinalização de perigo, quem proceder à sua colocação, à reparação do veículo ou à remoção da carga deve utilizar colete retrorreflector. A não utilização do colete é sancionada com coima de 120 a 600 euros. ( Art.º 88.º )
OUTRAS ALTERAÇÕES

  • Não parar perante o sinal de STOP, ou perante a luz vermelha de regulação do trânsito ou o desrespeito da obrigação de parar imposta pelos agentes fiscalizadores ou reguladores do trânsito, passa a ser considerada contra-ordenação muito grave. ( Art.º 146.º )
  • Pisar ou transpor uma linha longitudinal contínua que separa os sentidos de trânsito passa a ser considerada contra-ordenação muito grave. ( Art.º 146.º )
  • A condução sob influência do álcool, considerada em relatório médico, passa a ser considerada contra-ordenação muito grave. ( Art.º 146.º )
CLASSIFICAÇÃO DE VEÍCULOS

  • Passa a haver as categorias de triciclos e de velocípedes com motor. Para efeitos de circulação, os velocípedes com motor são equiparados a velocípedes. ( Art.ºs 107.º e 112.º )
  • Os quadriciclos passam a ser distinguidos entre ligeiros e pesados. A condução destes veículos passa a ficar dependente da titularidade de carta de condução. ( Art.º.s 107.º e 123.º )
TRANSFORMAÇÃO DE VEÍCULOS (TUNING)

  • É proibido o trânsito de veículos sem os sistemas, componentes ou acessórios com que foi aprovado, que utilize sistemas, componentes ou acessórios não aprovados, que tenha sido objecto de transformação não aprovada. As autoridades de fiscalização do trânsito, ou seus agentes, podem proceder à apreensão do veículo até que este seja aprovado em inspecção extraordinária, sendo o proprietário sancionado com coima de 250 a 1.250 euros. (Art.ºs 114.º, 115.º e 162.º )

INSPECÇÕES


  • Passam a realizar-se inspecções para verificação das características após acidente e inspecções na via pública para verificação das condições de manutenção. ( Art.º 116.º
REGIME PROBATÓRIO DA CARTA DE CONDUÇÃO
  • A carta de condução, emitida a favor de quem não se encontrava habilitado, passa a ser provisória pelo período de três anos. ( Art.º 122.º )
  • Acresce que os titulares de carta de condução das subcategorias A1 e/ou B1 voltam a estar sujeitos ao regime probatório quando obtiverem as categorias A e/ou B. Ou seja, nestas situações, a carta de condução é provisória duas vezes. ( Art.º 122.º )
  • A carta de condução provisória caduca se o seu titular for condenado pela prática de um crime rodoviário, de uma contra-ordenação muito grave ou de duas contra-ordenações graves. ( Art.º 130.º )
  • Os veículos conduzidos por titulares de carta de condução provisória têm de ostentar à retaguarda um dístico ('ovo estrelado') de modelo a definir em regulamento. ( Art.º 122.º )
SUBCATEGORIAS DE VEÍCULOS

  • São criadas as subcategorias B1, C1, C1+E, D1 e D1+E. Trata-se de veículos da mesma espécie, mas de dimensões mais reduzidas. ( Art.º 123.º )
  • Não existe precedência de habilitações, ou seja, não é necessário estar habilitado para a subcategoria C1 para obter a categoria C.
REQUISITOS PARA OBTENÇÃO DE CARTA DE CONDUÇÃO
  • Aos candidatos a condutores passa a ser exigido que saibam ler e escrever. (Art.º 126.º )
NOVOS EXAMES
  • Os condutores detectados a circularem em contramão nas auto-estradas ou vias equiparadas, bem como aqueles que sejam considerados dependentes de álcool ou drogas, serão submetidos a novos exames - médicos, psicológicos ou de condução. ( Art.º 129.º )
SEGURO DE RESPONSABILIDADE CIVIL
  • A circulação de veículo sem seguro de responsabilidade civil passa a ser sancionada com coima de 500 a 2.500 euros e a ser considerada contra-ordenação grave (aplicada ao proprietário do veículo). O veículo é apreendido pelas autoridades de fiscalização do trânsito ou seus agentes. ( Art.ºs 145.º, 150.º e 162.º )

PAGAMENTO VOLUNTÁRIO DA COIMA

  • O pagamento voluntário da coima passa a ser efectuado no acto da verificação da contra-ordenação, ou seja, o condutor terá de pagar a coima (pelo valor mínimo) ao agente que detecta a infracção e levanta o auto. ( Art.º 173.º )
  • Se o condutor não pretender efectuar o pagamento voluntário imediato da coima, deve prestar depósito, também imediatamente, de valor igual ao mínimo da coima prevista para a contra-ordenação praticada. Esse valor será devolvido se não houver lugar a condenação. ( Art.º 173.º )
  • Se o infractor não pagar a coima no momento, ou se não efectuar o depósito referido, o agente de autoridade apreende o título de condução, ou os títulos de identificação do veículo e de registo de propriedade, e emite uma guia de substituição, válida pelo tempo julgado necessário, e renovável até à conclusão do processo. Quando efectuar o pagamento, os documentos serão devolvidos ao condutor.




Esclarecimento da Ex-DGV:




Tendo em conta as disposições aplicáveis do Código da Estrada, na redacção que lhe foi conferida pelo Decreto-Lei nº 44/2005, de 23 de Fevereiro, constantes dos artºs 13º, nº 1; 14º, nºs 1 a 3; 15º, nº 1; 16º, nº 1; 21º; 25º; 31º, nº 1, c) e 43º e as definições referidas no artº 1º do mesmo Código, na circulação em rotundas os condutores devem adoptar o seguinte comportamento:
1- O condutor que pretende tomar a primeira saída da rotunda deve:


  • Ocupar, dentro da rotunda, a via da direita, sinalizando antecipadamente quando pretende sair.
2 - Se pretender tomar qualquer das outras saídas deve:
  • Ocupar, dentro da rotunda, a via de trânsito mais adequada em função da saída que vai utilizar (2ª saída = 2ª via; 3ª saída= 3ª via);
  • Aproximar-se progressivamente da via da direita;
  • Fazer sinal para a direita depois de passar a saída imediatamente anterior à que pretende uitilizar;
  • Mudar para a via de trânsito da direita antes da saída, sinalizando antecipadamente quando for sair.