Fikções, opinadelas e cenas que tais: 2010

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

5m atrás, marina de Viana :))) BOM NATAL!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Resumo da matéria vista

Sem tempo para divagar ultimamente, aqui deixo o resumo do que tenho visto em matéria cinematográfica, algumas coisas engraçadas, outras apenas razoáveis:


Centurion - abordagem curiosa a uma época particularmente conturbada e violenta. Pseudo-épico, razoávelzito;








- Four Lions - hilariante! Alguns (poucos) tropeções no ritmo, chega a ser angustiante no final mas muito bom. Das melhores comédias que vi nos últimos tempos;







MacGruber - nem sei que diga sobre uma personagem que é a mistura psicótica entre o MacGyver e o... sei lá, Chuck Norris? De tão estúpido que é (e o objecto do filme é isso mesmo) um tipo manda espaçadamente umas boas gargalhadas, no entanto a tolerância à estupidez/riso deste filme está directamente ligada à paciência de cada um;


District 9 em 1080p - tinha de o ver novamente neste formato, vale a pena, fenomenal;











Predators - reboot excelente, vai buscar elementos ao 1º que se foram perdendo com a amálgama de sequelas ligadas a esta franchise;










Universal Soldier Regeneration - pensei que ia desligar aos primeiros 5 minutos, enganei-me. Low budget mas surpreendentemente sólido, cru, eficaz e, acima de tudo, intrigantemente interessante e realista, quem diria...;










Robin Hood - Bom, a melhor versão sobre este ícone mítico/histórico, mas a meu ver não chega a épico. É Ridley Scott, nada mais a comentar;











Scott Pilgrim Vs the World - Excelente! Produção e realização sublimes, som a condizer. De conteúdo e tema restrito obviamente, o que já se esperava dada a natureza dos comics, por isso... very open mind required. Diria quase inclassificável... no bom sentido;









Monsters - 15K dolares gastos em material, entre 200 e 500K na produção, mais low budget que isto só os filmes realizados lá em casa, e no entanto... fenomenal! Com uma atmosfera sempre em baixa pressão, impactante, sentidos sempre a prumo, bastantes e bons pormenores intimistas num tom moody. Algumas questões desconcertantes, achei, mas ei, o filme é assim mesmo, pura matéria de que são feitas só as grandes películas. A metáfora estrutural está bem metida. Vejam!!! Atentos ao realizador (1º filme) : Gareth Edwards.

Nota: não entendo a nota sofrível no IMDB... duh.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Reagir


"Não pretendemos que as coisas mudem, se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor benção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar "superado". Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento e respeita mais aos problemas do que as soluções. A verdadeira crise, é a crise da incompetência. O inconveniente das pessoas e dos países é a esperança de encontrar as saídas e soluções fáceis. Sem crise não há desafios, sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de cada um. Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo. Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la."

Albert Einstein.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Ip Man


Ou Yip Man, é um filme de 2008 baseado na história do mestre dos mestres de Wing Chun, o método de Kung Fu tão celebrizado mais tarde por Bruce Lee, que de resto foi seu discípulo.

Já há muito tempo que não via um filme de artes marciais com esta atmosfera, lembrando bastante em intensidade qualquer das películas de Bruce Lee, e ganhando entretanto na carga dramática e fotográfica muito pela positiva. O filme foca-se nas atribulações da vida de Ip a qual teve reviravoltas bastante turbulentas, partindo de um ambiente familiar abastado até à pior das misérias, originada pela invasão japonesa à China na altura da 2ª grande guerra.

Para quem gosta do género, uma bela e agradável surpresa, excelente.

O verdadeiro Ip com Bruce

Realizador: Wilson Yip
Com: Donnie Yen...

8.5


Nota: Ip Man 2 (2010) é baseado na continuação da história de vida do mestre quando se mudou para Hong Kong e ai continuou o seu legado. Dramaticamente não se encontra ao nível do 1º filme mas é igualmente interessante.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

The Wolfman

Muita parra, pouca uva. Filme que prometeu bastante mas a sua realização mostrou-se de sobremaneira fraca. Sumptuoso, actores de 1ª linha, argumento razoável e alguma atmosfera interessante mas com quebras e falta de ritmo notórios, o dinamismo da película poderia ser infinitamente melhorado. Enfim, infelizmente apenas mais um para a molhada.

Realizador: Joe Johnston
Com: Benicio Del Toro, Anthony Hopkins, Emily Blunt...

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Where The Wild Things Are

Excelente filme de Spike Jonze sobre alguns lugares comuns da nossa infância, por onde qualquer um poderá já ter passado. Fala-nos dos problemas familiares e recalcados de Max, um miúdo com uma criatividade para contar histórias fora do normal. Todo o filme é uma metáfora complexa gigante e desenlaça-se fazendo uso da própria imaginação de quem vê o filme, estruturalmente.

A fotografia, acompanhamento sonoro, animatronics, tudo delicioso.

Ficarei atento a futuras realizações de SJ, sem dúvida. É um filme que toca e que encanta, ao nível de outros clássicos excelentes do género.



Realizador: Spike Jonze.
Com: Max Records, Catherine Keener...

9.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Cemetery Junction

E pronto, novamente Ricky Gervais e Stephen Merchant a fazerem estragos, estes tipos não têm cura e dou graças aos céus todos os dias por isso. Excelente filme sobre a vida como ela é, sobre as frustrações que no fundo poderão ser as mesmas de todos nós, os sonhos de cada um, as opções que se tomam ou se evaporam num mar de dúvidas. Contada em tom humorístico-dramático o enredo passa-se algures numa Inglaterra da classe trabalhadora nos anos 70 acompanhando 3 insolentes amigos. Fotografia bem conseguida, óptimas representações, argumento muito subtil e natural. Nota super para o alinhamento sonoro, genial.

Aconselho vivamente!


Realização: Ricky Gervais, Stephen Merchant
Com: Tom Hughes, Ricky Gervais, Christian Cooke, Ralph Fiennes

9.

V

Acabadinho de ver o último episódio da 1ª season deste remake de um dos mais importantes clássicos de FC dos 80. Faz uso de soluções interessantes seguindo as ideias base do original, de inicio bastante fraco mas depois do 3º/4º episódio entra no ritmo e enreda com substância q.b. Alguns visuais gráficos são fracotes, principalmente os interiores digitais. Actuações razoáveis.

O final da season pareceu-me um pouco despachado à pressa mas consegue atingir o ponto caramelo. Vê-se bem, esperemos que a 2 a ser lançada em Novembro venha colmatar algumas das falhas mais acutilantes.


Criador: Kenneth Johnson

7

KICK-ASS


:Um camião destravado cheio de acutilante fun non-stop, violência gratuita, nut jobs aos magotes e originalidade q.b. Eis Kick-Ass, um dos mais divertidos filmes que vi ultimamente, e outro que, felizmente, faz justiça ao Comic original.

Vejam!


Realizador: Matthew Vaughn
Comic Original: Mark Millar e John Romita Jr
Com: Aaron Johnson, Mark Strong, Christopher Mintz-Plasse, Chloe Moretz, Nicolas Cage...

8.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Inception


Bem-vindo a um turbilhão magnifico de ideias que afunda o espectador numa viagem sem tréguas à tensão de um momento que perdura, que não se esgota até ao último milímetro de fita.

Imperdível. Sem pejo registo o conjunto no patamar de melhor filme de ficção dos últimos tempos e incluo-o num ápice ao restrito grupo dos melhores de sempre. Um clássico por direito próprio. Desde "The Dark Knight" que fiquei curioso em ver o próximo trabalho de Chris Nollan e não desiludiu, muito longe disso. Extraordinária visão, um portento de criatividade única. Perfeito? Não. Mas a perfeição raramente se quer e faz parte das melhores obras de arte. Complexo mas não complicado, no fim fica a discussão e o debate sobre a amalgama de ideias. Genial!



Escrito e realizado: Christopher Nollan
Com: DiCaprio, Joseph Gordon-Levitt, Ellen Page...

10!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Super Mario Galaxy 2

Caramba, ainda se fazem jogos assim. Perfeição! Já o 1º titulo tinha sido uma boa lufada de ar fresco de criatividade e puro "colanço", não se larga até acabar, pelos menos no meu caso foi o que aconteceu e, diga-se, é obra, já que a paciência com o passar dos aninhos caiu para níveis desesperantes.

Com a típica jogabilidade assegurada pela mítica casa do país do sol nascente é uma completa delicia para os sentidos. A Nintendo raramente perde tempo com 2ºs capítulos de um titulo para a mesma consola mas achando que ainda teria muito para dar eis que aposta na jogada dupla e consegue injectar ainda mais adictividade a este SMG2 (algo que à partida me parecia impossível), e ainda bem! É um daqueles jogos que vale a pena comprar uma Wii só para o jogar. Joga-se e joga-se, acaba e... afinal continua, e continua outra vez, nunca repetindo, sempre inovando, goza-se cada salto, cada movimento, valendo todo e qualquer cêntimo gasto no mesmo. Tem-se a nítida sensação que se revive a adictividade old school dos anos 80! E só por isso já vale a pena. E o 3 Nintendo? Não?!


Criadores: Nintendo
Plataforma: Nintendo Wii

A quem gosta (e a quem não gosta) do género: imperdível!

10!

Repo Men

Interessante argumento, bastante sólido, sobre um assunto incómodo e acutilante num futuro próximo. O filme é algo áspero quanto à realização mas não esbarrando no rude, um bocado prensado, limitado, apesar de tudo agradável de se ver.

As actuações são eficazes seguindo a linha argumentativa também ela suficiente, no entanto abusando em ideias e soluções já usadas em vários argumentos do género.

Twist final algo estranho, não me pareceu à altura do interessantíssimo argumento, o mesmo acontece com a produção no geral.


Realizador: Miguel Sapochnick
Argumento: Eric Garcia, Garrett Lerner
Com: Jude Law, Forest Whitaker, Lieb Schreiber...

7.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Clash of the Titans

Um grande franzir de sobrolho, tenho dificuldade em ir para além de um grande franzir de sobrolho. O filme limita-se a seguir um script simples e com um grande buraco de marasmo no desenvolvimento das ideias embebidas por defeito no argumento. O background prometia, logicamente, que o diga quem conhece a obra original de Alan Dean Foster, mas apenas se limitaram a fazer um refresh tecnológico, outro mais. Quase posso afirmar que mais valia não terem mexido no filme de 81, o resultado é quase o mesmo e em largos pedaços bastante mais interessante que este simples update. É também mais um exemplo flagrante e cada vez mais repetente de se ver alguns actores geniais perderem tempo com produtos comerciais desta envergadura.

O filme vê-se, não é "mau", os efeitos e planos de acção são minimamente competentes, alguns visuais deslumbrantes até, há várias sequências em que não se adormece, mas é estéril q.b. em demasiados aspectos, desconcertante em vários pontos, acima de tudo não me parece valer os euros gastos num bilhete de cinema. É pena, Perseus e companhia mereciam mais, muito mais, outro clássico da literatura que é plastificado.


Realizador: Louis Leterrier
Com: Sam Worthington, Liam Neeson, Ralph Fiennes, Pete Postlethwaite...

6.5

domingo, 11 de julho de 2010

Daybreakers

Perspectiva interessante sobre um assunto de momento bastante em voga mas que sinceramente na minha opinião começa a saturar, no entanto vem introduzir alguns elementos novos ao género e o argumento é sólido q.b. Actuações competentes outras apenas suportáveis, produção a roçar o low budget, sofrível mas a tempos e de alguma forma agradável de se ver. Algum gore a apimentar o conjunto e a dar alguma alguma "cor", algumas cenas não aconselháveis ao mais sensível.

O twist final é bem vindo, acima da média.



Escrito e realizado por Peter e Michael Spierig

7

Astro Boy

Refreshment engraçado sobre o clássico animado japonês, lembro que Astro Boy foi a obra que arrancou e impulsionou com toda a scene Anime em terras do sol nascente, bem lá para trás nos anos 60. O filme não é nada do outro mundo mas no seu global consegue ser, no mínimo, uma distinção à altura.



Realizador: David Bowers
Comics: Osamu Tezuka

7.5

Solomon Kane

Filme de bolso, algumas pinceladas agradáveis mas nada mais que isso. Vê-se, mastiga-se, no entanto tem-se a nitida sensação que no fim será facilmente esquecido.

O filme, nome, background, seu incontornável e mítico criador Robert E. Howard (pai de ícones como Conan e um dos primeiros a abordar o género Sword and Sorcery comparando-se talvez e somente a Tolkien) mereciam sem dúvida outra produção.


Realização e argumento: Michael J. Bassett
Criador da personagem, história: Robert A. Howard

6.


sexta-feira, 12 de março de 2010

Um Ridley Scott de risco...

Habituou-nos a grandes momentos cinematográficos e este, apesar de baseado num tema que nos surpreende, parece enorme. Quando li e vi algo sobre este assunto pela primeira vez acabei rindo sozinho, "outra vez isto?!" - exclamei. No entanto mais à frente vi o nome associado ao titulo e paralisei, estranho, sobretudo uma aposta estranha. Tema tão batido, passado e repassado, a merecer uma versão mais? Mais física, crua, real? Talvez... bom, a qualidade é assegurada claro mas a reserva é inevitável. Entretanto o aspecto promete muito, absorvam cada frame:

segunda-feira, 8 de março de 2010

Dissecação breve oscars v2010

Factos maus demais para ter de aguentar uma noite que acabou por ser mal passada:

1. Inglourious Basterds enxovalhados no melhor argumento, se algum filme merecia esta estatueta era sem dúvida o titulo de Tarantino, uma filha da %#tisse permitam-me dizer, completamente esquecido, passou ao lado;

2. Avatar enxovalhado nos técnicos que não ganhou, estava a anos luz de tudo o resto, inacreditável (mistura de som e efeitos sonoros para Hurt Locker...?). Injustiça brutal perante um filme que deu um empurrão impressionante ao cinema moderno, um passo de gigante, que moveu massas a ir - imagine-se - ao cinema. Inexplicavelmente não ganha o que merecia de pleno direito, claro como água de nascente, é o descrédito total;

3. The Hurt Locker em realizador, filme e argumento original, uma anedota, diria mesmo hilariante, mas isto é a minha opinião, de tão anedótico nem dá vontade de rir. Continuo a dizer que é um bom filme mas não é nem nunca será excelente, muito menos para levar 3 das mais importantes estatuetas. Filme essencialmente para americano ver, acima de tudo impreciso demais, tecnicamente falando. Decisões politicas, de ocasião, em tempos que está na moda ser diferente nem que seja para o pior, apenas e só por isso, inacreditável;

4. Sandra Bullock melhor atriz? Nada mais a dizer.... ;

O resto foi aceitável.


De sublinhar obviamente os seguintes (que eram óbvios demais para errarem), era o que mais faltava:

1. Waltz;

2. Up;

3. Bridges;

4. Mo'nique;

5. os 3 técnicos que Avatar realmente ganhou.

Parabéns a estes, mas vale o que vale.

O pouco que ainda tinha de apelativo os prémios maiores da academia americana esfumou-se por completo este ano, é, repito, a minha opinião. Nota negativa ainda para o nível do espectáculo, fraco e algo estéril.

Rematando, acabou por ser a derradeira gota de água, não me apanham outra noite perante tal farsa.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Fantastic Mr. Fox

É sempre uma delicia ver um stop motion deste calibre. Apesar de não ser um fundamentalista defensor da técnica em detrimento das novas tecnologias, muito pelo contrário pois acho que cada uma destas áreas tem o seu lugar e consigo separá-las bem, acho que ambas têm argumentos q.b. para esgrimirem sozinhas e vencer com grande mérito. Apesar do limite técnico estar esgotado ou quase, visualizar um produto de qualidade em stop motion é e sempre será algo de fabuloso. Até à algum tempo atrás mantinha alguma resistência no que toca ao CGI deixando o stop motion sempre num pedestal muito dele, bem, continuo a deixa-lo lá mas entretanto com a computação gráfica cada vez mais apurada e deliciosa de se devorar convém separar estas duas áreas, cada uma merece que se faça a distinção, não comparem, não vale a pena comparar o que não faz sentido destingir, até Burton já se redimiu deste facto com a nova Alice. Desde que haja criatividade e arte o meio para atingir a obra final é irrelevante.

Quanto a Mr. Fox, fiquei maravilhado, dificilmente um filme assim poderia ser mais criativo, parabéns aos criadores. Hilariante, subtil, marcante. Caso Up não tivesse levado a estatueta para melhor categoria de animação por mim levava este, sem dúvida.



Realizador: Wes Anderson.
Argumento: Wes Anderson.
História: Roald Dahl.
Vozes: George Clooney, Meryl Streep...

9.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

GRANDE momento da semana!

Abrunhosa, compositor criativo, músico q.b., projecto torturante de cantor, stuntman nas horas vagas:

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Homens que matam cabras só com o olhar

Engraçada viagem a um tema interessante, ultimamente algo visitado mas desta feita com uma abordagem bastante diferente. O filme abre com uma frase no mínimo enigmática - “More of this is truer than you imagine” - algo do genero "Muito disto é mais verdadeiro do que possa imaginar", e deixa o espectador colado à tela constantemente questionando-se sobre a mesma, adivinhando o que será real ou puro devaneio tresloucado dos intervenientes. Composto por um quarteto de luxo com George Clooney, Ewan McGregor, Jeff Bridges e Kevin Spacey, The Men Who Stare at Goats presenteia-nos com várias camadas contidas de comédia escurecida e algum drama à mistura, baseado em factos veridicos ou talvez não e em práticas militares menos ortodoxas que foram e ainda serão bastante reais.

Tudo começa quando o repórter Bob Wilton (McGregor) tentando fugir às frustrações da sua vida pessoal segue para o Iraque em plena guerra. Lá encontra por acaso um tipo invulgar, que já ouvira falar antes numa das suas averiguações, é Lyn Cassidy (Clooney), um personagem de certa maneira mítico, que teria pertencido à não menos mítica New Earth Army, uma unidade muito especial do exército americano que se baseia não em violência mas sim em práticas paranormais. A unidade é liderada e fundada por um guru e veterado da guerra do Vietnam, o singular e psicadélico Bill Django (Bridges).

Todo o filme navega por um rio de incógnitas, virando esquinas onde nunca se sabe o que está por trás, bastante agradável de se ver.


Realizador: Grant Heslov.
Argumento: Peter Straughan.
Baseado no livro de Jon Ronson.

7.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Oscars v2010


Não me querendo estender muito dado que ainda não vi todos os filmes escolhidos permitam-me deixar algumas curtas divagações sobre as nomeações para os 82ºs prémios da Academia de Hollywood:

1. The Hurt Locker, sinceramente continuo a não entender o êxtase à volta deste filme, é bom, um filme acima da média, com uma boa interpretação de Renner (apesar de me parecer pontualmente forçada), mas repito, parece-me retalhado ou diluído demais para ser um grande filme. A passos abstrai-se do seu verdadeiro objectivo. Bom mas nada de excepcional, não entendo o porquê de tanta nomeação. Mas é a minha opinião, poderei não estar a "ver" o filme como deveria, um receio que tenho é que seja visto com outros olhos no ponto de vista americano, o que será compreensível;

2. A nomeação a District 9 é só por si uma vitória estrondosa em toda a linha, fenomenal! O filme mais do que merece! Melhor filme? Era uma surpresa daquelas, não acredito;

3. Adorava - deitava foguetes! - ver o Up a levar a estatueta de melhor filme :). Talvez muitos achem que seja uma escolha polémica mas não tenho nenhum pejo em ver o filme nesta categoria, e pelos vistos outros também o não tiveram. A pelicula é fenomenal e distingue-se pela sua dramatização, apesar de continuar a ser uma comédia/aventura animada no seu âmago. Filmes de animação deste calibre têm por trás verdadeiros génios que têm de recolher os louros que merecem, é óptimo. Amigos, é um filme, ponto. Nunca entendi a distinção, não deixa de ser um filme em todo o significado da palavra. Já agora, lembro que abriram um precedente e terão de manter o mesmo critério no futuro;

4. O Glorious Basterds aponto que leve pelo menos três estatuetas, mas não me parece que leve a de melhor filme, não faz sentido nos moldes normais. Repetindo-me, é psicótico demais para isso, aposto que não há coragem em Hollywood par alhe darem este titulo. Aliás, trato o assunto ao contrário, o Oscar não merece Glorious Basterds. Uma ameaça: se Waltz não leva a estatueta de melhor actor secundário para casa nunca mais vejo o espectáculo!;

5. Avatar, a meu ver é uma grande - enorme! - incógnita, leva obviamente uma catrozada de Oscars técnicos, mas realizador? Talvez. Filme? Só se for pela evolução que ele representa, pelo choque visual delicioso nunca antes visto e que levou milhões de espectadores às salas de cinema, por ai merece, mas pessoalmente dificilmente lhe daria o titulo máximo.


Resumindo, a coisa nestes termos aparenta estar muito dividida, uma acentuada incógnita, até porque este ano temos de certa maneira uma concorrência fraca, pelo menos até ver os restantes concorrentes. Entretanto aposto para uma divisão mais ou menos equilibrada das estatuetas pelos filmes alinhados.

No entanto a minha opinião peca por defeito, como já disse falta-me ver ainda muita coisa: Up in the Air que dizem estar muito bom; A Serious Man; Precious; An education; The Blind Side. Muita coisa mesmo.


Só uma nota final para a não nomeação de Sam Rockwell e Viggo Mortensen pelos seus magníficos papeis em Moon e The Road respectivamente. No meu ponto de vista é uma imbecilidade, a grande falha dos Oscars deste ano!

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Moon


Logo de rajada, a frio, não me refreio de dizer que aqui está um papel que deveria levar pelo menos uma nomeação para o Óscar de melhor actor e com grandes probabilidades de ganhar. Tá dito, mais que merecido. Sam Rockwell como Sam Bell trata o papel - ou papéis! - por tu, duplicando-o, e em paralelo dominando-os como se dois actores ou personalidades distintas se tratassem. Note-se o facto de ele ser o único actor "presente" de principio ao fim do filme. Sublime. Vou mais longe e diria que merecia não só uma nomeação para Óscar de melhor actor principal como também outra para secundário, sem dificuldade, o que seria engraçado e inédito, acho.

Mas não levou. Suponho que seja a imbecilidade sempre presente nos prémios máximos de Hollywood, há sempre meia dúzia de injustiças que não lembra a ninguém. Já desconfiava quando levou o mesmo tratamento nos globos de ouro, mas mantinha alguma esperança, às vezes faz-se luz. Não levou, enfim, fica a delicia da personagem para os anéis da história do cinema.

Nota positiva também para a voz de GERTY, o computador de apoio a Sam Bell, distintamente tratada pelo singular Kevin Spacey.



Moon é um bom filme realizado numa toada de ficção cientifica clássica, sem compromissos, mas bastante profundo e a tratar um assunto de natureza humana muito sério e actual, a certa altura claustrofóbico mas concluindo numa redenção interessante. Em minha opinião imperdível.


Realizador: Duncan Jones.
História: Duncan Jones.
Argumento: Nathan Parker.

9.

Holmes, Sherlock Holmes


Confesso que antes de o ver mantinha algum receio neste filme, por Guy Ritchie e pelo clássico Holmes, o de sempre. Despachando logo a última questão diria que se perdeu algo do Holmes clássico, no entanto o conteúdo continua a ser muito próprio da personagem, sem dúvida, metódico e observador como só ele consegue ser e na outra ponta, pessoal, privada, um boémio e uma desgraça, um desarranjo. Confere. Nem poderia ser de outra maneira, no entanto destoa fundamentalmente na dinâmica por vezes quase extrema que Ritchie lhe incute, um Holmes e também um Watson mais físicos que nunca antes se tinha visto, de certa maneira angustiante e para alguns, imagino, imperdoável. Mas atente-se, não é banalizado, nas mãos de Guy Ritchie ganhou-se todo um mundo rico e cheio de possibilidades, este Holmes é um conceito em muitas maneiras novo e criativo. Quanto ao toque muito particular no formato de filme de Ritchie sou sincero e repasso que não o estava a ver enveredar por algo tão vertical e formatado por inúmeras versões mais sisudas, mas eis que consegue gravar as suas impressões digitais por toda a personagem e filme, engraçado, funciona. Mestre, diria. Muito deste resultado é da responsabilidade de Robert Downey Jr. que tomando Sherlock pelas rédeas eclipsa o formato rígido clássico em várias maneiras e o faz esquecer, magnifica interpretação.

Nota positiva também para Jude Law como Dr. Watson, perfeito, a vincar ainda mais a eterna dupla inseparável; para Rachel McAdams como Irene Adler e Mark Strong como Lord Blackwood, muito bons; para os cenários, magníficos, principalmente para a Londres industrial excelentemente retratada.

Bom filme, delicioso a espaços, algo "Marvelisado" mas bom. Não acredito que Sir Conan Doyle dê cambalhotas no caixão, bem pelo contrário. Esperemos pelo regresso, Moriarty deixou
comichão.


Realizador: Guy Ritchie.
Argumento: Michael Robert Johnson; Anthony Peckman; Simon Kinberg.
História: Lionel Wigram; Michael Robert Johnson.

8.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

The Hurt Locker


E pergunto-me: que mal fiz eu? Hã? Que fiz?! Que não consigo ver no The Hurt Locker o filme excepcional que pintam?! Escapou-se-me algo?

Esperem! É um bom filme, boa fotografia, argumento satisfatório, reconheço que a ideia ou mensagem de fundo a passar é boa mas sinceramente, em minha opinião está demasiado fragmentado para atingir o ponto central a que se propõe e alcançar assim a excelência que falam aos quatro ventos. Invariávelmente bombardeia-nos com boas sequências de óptima tensão visual/psicológica, fluida, algumas excelentes, mas a cada vez que o faz trava logo a seguir ou dilui-se de alguma maneira, no ritmo e nas personagens. Estranho. As palavras chave são mesmo essas, fragmentado e diluído, na sua cadeia argumental. "A guerra é um vicio", lê-se no inicio, mas no fim acaba por se fazer algum esforço para entender esta questão claramente.

De resto sobressai o bom desempenho de Jeremy Renner no papel principal como William James, um membro integrante de uma unidade EOD (Explosive Ordnance Disposal) do exército americano. Apesar de me parecer por vezes algo forçado demais na actuação o desempenho é bastante bom.



Realizadora: Kathryn Biggelow (K-19: The Widowmaker, Mission Zero...)
Argumento de Mark Boal

7.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

The Road


Baseado na obra literária de Cormac McCarthy com o mesmo nome, é realizado por John Hillcoat a partir de uma adaptação de Joe Penhall.

Filme ficcional pós-apocalíptico, The Road é desbobinado encarando alguns medos humanos enterrados, pondo-os a descoberto, mesmo que isso signifique uma reacção negativa por parte do mais sensível. Tensão angustiante sempre presente, contém no seu invólucro uma mensagem muito forte, a ser decifrada por quem quiser parar para a decifrar. Pessoalmente enalteço sempre as obras que tentam acenar este tipo de avisos.

Leva-nos numa viagem acompanhando um pai e seu filho menor, nomes incógnitos, seguindo-os na sua luta pela sobrevivência, percorrendo um mundo completamente obliterado. A origem deste caos é desconhecida e, sublinhe-se, é irrelevante para o enredo, mas as consequências desse holocausto tornaram o mundo estéril, frio, sem sol, a comida escasseia ou simplesmente não existe. O Homem morre aos poucos, já em pequeno número e sem opção opta pela prática canibalesca resguardando-se em pequenos grupos, sem qualquer réstia de humanidade, qualquer vulto na próxima sombra pode significar o pior dos pesadelos.

É nesta cruel realidade que o pai envereda numa epopeia dando tudo o que tem e não tem para salvar o filho e de alguma maneira garantir o seu futuro, sua única razão de continuar, existir. Viajam para sul, tentado fugir ao frio cada vez mais rigoroso e às lembranças passadas, inclusive às memórias da mãe que, a dada altura e em desespero desistira de tudo, desaparecendo na noite gelada. É posto à prova os limites da resistência humana física e mental, beliscando a demência. Não há futuro, não há razão, mas num reflexo incondicional, numa força maior, o amor do pai pelo filho empurra-o sempre estrada fora.

É um filme bastante pesado, muito sério e ao mesmo tempo simplista, obscurecendo o espectador com uma nuvem de desespero omnipresente. Expõe vários fantasmas escondidos, crús, dando uns socos directos no estômago do espectador. Imputa-nos subtilmente dúvidas a nós próprios, dilema atrás de dilema.

Viggo Mortensen como pai supera-se uma vez mais numa actuação irrepreensível. Nota mais também para as pontuais actuações de Robert Duvall (velho ocasional), Charlize Theron (mãe) e também Guy Pearce . A película é um óptimo exemplo da possibilidade de uma produção com recursos mínimos, basicamente com 2 ou 3 excelentes actores, uns quilos de sucata espalhados em background e um bom argumento. Excelente, uma boa surpresa, não aconselhável as fracos de espírito mas ao mesmo tempo diria ser obrigatório ver.

9.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Generation Kill


Desconhecia esta mini-série de 2008 baseada num livro com o mesmo nome, de Evan Wright. Wright escreveu Generation Kill focando na experiência que ele próprio teve no Iraque acompanhando o 1º batalhão de reconhecimento dos Marines americanos e dá o mesmo o seu nome ao repórter da Rolling Stone da história. De resto, ele participa na adaptação da versão para televisão ajudando os criadores David Simon e Ed Burns (The Wire). Após alguma indagação constatei que a série levava uma pontuação acima do normal e fiquei intrigado. Já é norma a HBO pontualmente nos presentear com obras de arte neste formato (Band of Brothers, o hino delas todas) mas na realidade o tema deste GK não era dos que mais me atraía nesta fase, por uma ou outra razão.

No entanto, acabado de ver o último episódio reverti completamente a minha opinião, a série está muito boa e traduz de uma maneira bastante diferente a abordagem americana vista por dentro na invasão do Iraque em 2003. Na sua essência a mini-série rega-nos com rajadas de choque e dúvidas, umas atrás das outras, num ritmo bem pensado e sem pressas, até que no fim da linha leva-nos a um beco sem saída, sem razão, confrangedor no mínimo. Assume-se que guerra é guerra, brutal, com um objectivo definido para os seus intervenientes seja ele qual for e com ou sem razão de acontecer, mas o que está em causa aqui não é bem essa questão de base apesar dela estar sempre bem presente.

No seio de um dos batalhões de marines de reconhecimento mais bem treinados e moralizadas caem uma multitude de dúvidas e conflitos internos pessoais ou de grupo, humanos antes de tudo. Apesar de estarem ávidos por entrar em acção como máquinas de combate moldadas especialmente para isso, estes marines são lambidos consecutivamente pelo inesperado, pelo confuso e incompreensível formato de guerra moderna e fundamentalmente pelos abanões frustrantes e desumanos originados por pura incompetência de comando, o qual põe o showoff antes de tudo. No inicio são contemplados com um repórter da Rolling Stone, Evan Wright, que os vai acompanhar na sua caminha até Bagdad, registando a sua viagem em background tomando as suas notas, constatando todas as demonstrações de ódio e músculo forjados, plásticos, mas que ao mesmo tempo e a passos largos são varridos em qualquer um dos intervenientes e os põe na corda bamba, sem qualquer rede de segurança.

Com produção, elenco, diálogos e actuações acima da média, mesmo muito bom. A mensagem, ou mensagens, são bem passadas.

9.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Battle Angel

Manga. Anime. Antes de qualquer divagação sobre o assunto que vou focar convém passar a ideia que normalmente não costumo seguir este panorama vindo de terras orientais, e porquê? Não por aversão, muito pelo contrário, simplesmente porque é demasiada a informação a absorver com muita mas mesmo muita palha à mistura e é pouco o tempo disponível para o fazer, dai que regra geral voar sobre este turbilhão criativo asiático é a maior parte das vezes uma perda de tempo útil, um dilema, enfim. No entanto não descuro e quando lembra ao diabo deito um olho aqui e ali para descobrir eventualmente por entre um mar de imbecilidades, senilidades e paranóias q.b. brutais pérolas de arte pura e dura, únicas, tanto a nível gráfico como a nível criativo. Não facilitem também amigos, acreditem, na minha opinião é quase obrigatório não o fazer, caso contrário caem na potencial asneira de passarem ao lado de coisas como esta que aqui me vou referir, regalos à vista que metem num bolso pequeno a grande maioria do que se faz por estes lados e mais a ocidente, não é à toa que de lá surgem assiduamente das melhores obras de culto feitas, pesos pesados como Appleseed, Akira, Ninja Scroll, Ghost in the Shell, Steamboy, Wonderfull Days, etc... etc... etc... e já para não falar de "TUDO" o que nos é atirado pelo meu criador de animação favorito, Hayao Miyazaki, são todos eles fenómenos que ficam para os anéis da história dos comics e animação, manga e anime.

É neste estado das coisas que um destes dias dei comigo a ser atropelado por um tesouro algures escondido - pelo menos de mim - de seu nome Battle Angel Alita, conhecido no Japão por Gunnm - literalmente Dream - série manga de um tal Yukito Kishiro. Desconhecia, apesar da coisa já ter uma vintena de anos, 1º volume de 1990. Encontrei este manga por mero acaso quando reparei que estaria nos planos de James Cameron a sua produção para o grande ecrã num futuro próximo (2011?), fiquei curioso e após um breve folhear das primeiras páginas do 1º volume dou comigo a ler o mesmo até ao fim, que maravilha, que potencial, um background fabuloso com uma fluidez de história excelente e com os seguintes volumes sempre a subir de tom, gráfica e criativamente. Battle Angel desdobra-se em 9 volumes bem recheados, cada um com bastante sumo. Descubro entretanto que dois deste volumes são extrapolados respectivamente para dois animes, óptimo! Dois OVA que dada a qualidade do manga mereciam uma dissecação pois caso fossem produzidos com a mesma qualidade seria ouro sobre azul... errado! São horríveis e não fazem jus minimamente à obra, evitem a todo o custo! Para terem ideia do interesse, adormeci sensivelmente a meio. Super resumido, histórias e caracteres misturados, deturpações, sem um mínimo de qualidade, a meu ver uma aberração! Digo mais, se visse estas duas animações antes dos mangas tinha metido logo tudo a um canto, como é possível fazerem tal obscenidade de um clássico destes!? Enfim, japonesismos para vender... como dito anteriormente, têm tanto do melhor como do mais horrível.

Vá, esqueçam o anime e voltemos ao manga que neste caso é a única coisa que interessa... meus amigos somos confrontados com um clássico sem dúvida, uma delicia: estamos algures num futuro muito distante, de inicio é irrelevante qualquer tipo de referência de localização, numa enorme cidade chamada Scrapyard que não passa de um enorme deposito de sucata e lixo de outra cidade suspensa uns bons quilómetros acima da primeira: Tiphares.


Scrapyard é uma cidade de despojos, varrida pela miséria, onde a única lei é a do mais forte e a do que melhor se adapta à sua violência sem dó nem piedade, tudo se aproveita, tudo se negoceia ou é arrebatado à força entre seus habitantes que por sua vez se resumem a uma amalgama sem fim de desgraçados, quase todos tendo algo de cibernético implantado forçosamente devido a mutilações anteriores. Opostamente a este cenário de desgraça Tiphares é um local mítico onde os habitantes de Scrapyard estão terminantemente proibidos a lá se deslocarem e apenas podem imaginar como será ou constatar que a mesma se serve de Scrapyard para seu abastecimento. Para além de servir de sua lixeira tem enormes fábricas que a cidade flutuante, através de enormes condutas ligadas directamente à mesma. O manga começa após uma curta descrição gráfica sobre esta realidade e foca-se entretanto em alguém que se desloca lentamente por entre o entulho sem fim, analisando o chão caótico de tudo o que é lixo e recolhendo partes de equipamento de alguma maneira úteis. É Ido, um cybermédico de cyborgs. Ido anda mais uns metros e surpreende-se com uma cabeça feminina de cyborg que jaz perdida, uma peça de tecnologia antiga, muito antiga. Levado pela curiosidade e excitação do raro achado leva-a para o seu laboratório e apressa-se a tentar recuperá-la, talvez mesmo efectuar a sua reconstrução pois seu cérebro parece estar intacto. Quando lhe dá vida constata que a cyborg perdeu toda a memória que tinha e dá-lhe o nome de Alita, sua gata que falecera pouco tempo antes. Já recuperada, Alita descobre eventualmente por instinto que domina uma arte marcial cyborg lendária e altamente letal chamada Panzer Kunst. O resto leiam, vejam, devorem... é sempre a subir.

Para quem gosta do género e não conhecia (como eu infelizmente), brutal, visceral, imperdível.