Fikções, opinadelas e cenas que tais: Super

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Super

"Um enorme pedaço de pizza oleosa a cair redonda na camisa acabada de vestir", esta desconfortável imagem explicaria "Super" de James Gunn, o qual desenha um personagem que é um acidente trágico "on the move", frágil, inofensivo, explorado pelos abutres predadores da vida e pelas circunstancias obtusas onde esbarra continuamente, no fundo um subproduto na sociedade actual como qualquer outro mas que atinge o limite e reage absurdamente, sem barreiras. Uma embrulhada, portanto, mas não, muito pelo contrário, nunca descurando o traço cómico e sarcástico o filme é rodado de forma solidamente contundente, brutal e violento q.b., a roçar o maníaco depressivo mas extremamente clarividente, um rio de caudal sinuoso que desagua num mar de respostas simples mas esclarecedoras. Chega a ser perturbador, sim, mas sempre com uma risada ao virar da esquina, estranhamente quase social-educativo, muito interessante. Como diria o Crimson Bolt: Shut up crime! E tudo se resume a este grito de revolta, um desopilar do constrangedor sufocante.


8.

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