Fikções, opinadelas e cenas que tais: abril 2011

sexta-feira, 29 de abril de 2011

A verdade sobre uma constatação "por defeito"?


Uma versão diferente de uma ideia, uma gravação no subconsciente luso. Dá que pensar...

Portugueses...

Era no tempo em que, no palácio das Necessidades, ainda havia ocasião para longas conversas. (mas podia passar-se hoje...). Um jovem diplomata, em diálogo com um colega mais velho, revelava o seu inconformismo. A situação económica do país era complexa, os índices nacionais de crescimento e bem-estar, se bem que em progressão, revelavam uma distância, ainda significativa, face aos dos nossos parceiros. Olhando retrospetivamente, tudo parecia indicar que uma qualquer "sina" nos condenava a esta permanente "décalage". E, contudo, olhando para o nosso passado, Portugal "partira" bem:

« Francamente, senhor embaixador, devo confessar que não percebo o que correu mal na nossa história. Como é possível que nós, um povo que descende das gerações de portugueses que "deram novos mundos ao mundo", que criaram o Brasil, que viajaram pela África e pela Índia, que foram até ao Japão e a lugares bem mais longínquos, que deixaram uma língua e traços de cultura que ainda hoje sobrevivem e são lembrados com admiração, como é possível que hoje sejamos o mais pobre país da Europa ocidental.

O embaixador sorriu, benévolo e sábio, ao responder ao seu jovem colaborador:

- Meu caro, você está muito enganado. Nós não descendemos dessa gente aventureira, que teve a audácia e a coragem de partir pelo mundo, nas caravelas, que fez uma obra notável, de rasgo e ambição.

- Não descendemos? - reagiu, perplexo, o jovem diplomata - Então de quem descendemos nós?

- Nós descendemos dos que ficaram por aqui... »



sábado, 23 de abril de 2011

Mr. Nobody


Outro que me passou ao lado. Mr. Nobody (2009) de Jaco Van Dormael com Jared Leto no principal papel é um extraordinário exercício de ficção a roçar o experimental. Tratando questões de fundo e de existencialismo mistura estilos e contextos com o objectivo de chegar a uma série de ideias estruturais de realidades paralelas opcionais, das eternas escolhas múltiplas onde naturalmente só uma prevalece mas que inevitavelmente deixa sempre a dúvida e a incógnita pairando sobre as outras descartadas. Iniciando o filme numa explosão de confusão Jaco vai gradualmente encaixando e dando forma a um edifício que se ergue a cada minuto, a cada camada revelada, e expõe isso propositadamente. Sequências onde no inicio são meros farrapos desnorteados vão-se depois completando num puzzle onde a partir de vários pontos se revelam partes do desenho como um todo, gratificante para o espectador.

Muito bom, no conteúdo, na forma. O filme necessita alguma paciência e uma audiência amadurecida para o assunto que trata e pela sua complexidade mas vale cada segundo despendido.
Ah! E nota mais também para Leto, grande maluco.


9.

The Man from Nowhere


Sempre colei à scene cinematográfica Sul Coreana, aos seus mil e um filmes sobre vinganças e à miríade de tropeções fora do vulgar onde raramente alguém ri ou dá uma piada, fora dos padrões, mimos puros e duros. Este "The Man From Nowhere" de Jeong-Beom Lee com Bin Won não foge à regra; negro, de impacto forte e visceral, é um sólido filme sobre uma máfia tão real como brutal, onde retrata tráfico infantil, de droga e de órgãos humanos como talvez nunca antes vistos.


8,5.

domingo, 17 de abril de 2011

Tekkon Kinkreet: Black & White

Remexendo novamente o "baú" apeteceu-me ver algo de animação, e, por entre alguns títulos mais ou menos exóticos, que bela surpresa de 2006 me saiu em sorte - Tekkon Kinkreet de Michael Arias é um anime japonês de fino recorte, fora do comum e que foge aos padrões normais animados. Contém obviamente forte influência asiática com suas tendências psicótico-paranóicas lambendo em crescendo até ao fim, mas no entanto é regado subtilmente com uma realização ocidental a nivelar o conjunto, estranhamente funcionando, e bem. Mistura de opostos mas imensamente feliz, há muito tempo que não via algo tão vivo, tão preenchido e sólido em animação.
Graficamente é absolutamente fabuloso, fiquei de imediato rendido ao visual criado, apetece pegar em cada frame e pendurar na parede para admirar todos e cada um dos pormenores, delicioso! Momento a momento devora-se cada linha a ganhar vida em cada espaço, cada ângulo bem conseguido, cada ténue movimento que seja, cada cor que nos é atirada. Sensacional.


9.


sexta-feira, 8 de abril de 2011

CUIDADO: novos Sinais nas Ex-SCUT...

Multas automáticas, e viva a pândega!
Já não basta espremer até ao tutano, é cilindrar o "pobinho" em todas as frentes!
Legislação no documento em baixo.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Grande Manel!


Foste, finalmente e para nosso pesar, ficam as tuas memórias. Nunca me hei-de esquecer, por exemplo e entre inúmeros momentos, quando "indrominaste" alguns "estranjas" a te passar algum dinheiro para lhes ir comprar algo de comer, trouxeste-lhes nada mais nada menos que umas deliciosas latas de comida para gato com as quais se deliciaram. O que te riste, o que me ri, sem preço pá! Muitas saudades vais deixar.

Lá para onde foste: Rock on dude! aposto que sim!


O Código 560


Porque não? Faz sentido. Aqui fica a minha parte na divulgação do "movimento".

"Afirmam alguns Gestores que se cada português consumir 100€ de
produtos nacionais (em vez de importados), a economia cresce acima de
todas as estimativas e ainda cria postos de trabalho em Portugal!
Ponham a mensagem a circular, nem que seja a uma só pessoa, desde que
circule. Quando for ao supermercado, dê preferência aos produtos de
fabrico Português.

OS CÓDIGOS DE BARRAS DOS PRODUTOS PORTUGUESES COMEÇAM POR 560.

LEVEM ISTO A SÉRIO E FAÇAM DISTO PARTE DA ROTINA DIÁRIA, TRANSMITA AOS
SEUS FAMILIARES, AMIGOS OU COLEGAS, A TODAS AS PESSOAS QUE CONSEGUIR,
E FICAMOS TODOS A GANHAR!

NOTA: Os códigos 690 a 695 são... chineses. "